sábado, 5 de novembro de 2011

OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO - SÍNTESE


SÍNTESE

SABER, SABER SER, SABER FAZER E CONHECER O CONTEÚDO DO FAZER PEDAGÓGICO

                                                                      Juliana D`Aparecida Souza Silva

 O autor enfatiza a importância da prática educativa a partir da formação do educador, a qual deverá abranger três dimensões: o saber, o saber ser e o saber fazer. Essas dimensões tiveram diferentes enfoques no decorrer da história da educação, em que foram colocadas como importantes em diferentes períodos.
            Na tentativa de se encontrar soluções para as dificuldades existentes no âmbito escolar partindo de uma visão política da educação, houve uma notável fragmentação entre o saber/saber fazer e o saber ser. Havendo uma dissolução na ação pedagógica entre o pedagógico, o técnico e o político levando muitas vezes à prática docente a neutralidade ou envolvimento exagerado em apenas um dos enfoques supracitados.
Sendo a educação um instrumento de transformação social que pode servir tanto a opressão como a libertação da classe popular é importante questionar a postura dos profissionais da área discutindo o papel que têm exercido para com a sociedade tentando ao mesmo tempo conscientizá-los da real necessidade de darem contribuições a nossa sociedade.
Apesar das diferentes concepções de educação surgidas, a maior preocupação do educador escolar esteve sempre voltada ao fazer, deixando muitas vezes de lado a parte teórica.
            Construir uma prática que integre as três dimensões citadas às quais compreendem o “fazer pedagógico” será uma maneira de resgatar uma visão totalizante em torno da educação, a qual vem sendo abordada de forma fragmentada o que dificulta ainda mais sua ação perante a sociedade
 Neste sentido, fazer uma abordagem crítica da realidade brasileira supõe uma prática consciente que se baseie em meios que ao longo da ação sejam revistos, reformulados em prol de uma ação concreta consistente, buscando elevar o nível de consciência da população, tendo em vista a influência sofrida pela classe dominante a qual não tem mostrado interesse em mudar essa realidade.
 O autor destaca ainda os educadores como atores principais nessa empreitada, em que os mesmos devem buscar soluções que auxiliem sua prática, deixando de persistirem em pensamentos negativistas que só pioram a situação, enfatiza que a crítica à ilusão pedagógica tem certo fundamento considerando o descaso de muitos educadores na prática educativa fazendo com que se tornem cúmplices do sistema vigente no país de desigualdades, interesses de classes, divisão social do trabalho, o que os tornam verdadeiros “deseducadores”.
Mudar essa realidade deixando de lado soluções parcializantes as quais mascaram a educação como um todo é uma forma de sair do reducionismo de uma prática ilusória, transformando de forma verdadeira à sociedade, apesar de sabermos que a solução as desigualdades existentes não dependem apenas da educação, mas se engajar nessa luta pedagógica é uma forma de contribuir para as lutas políticas do nosso país.
Trabalhar com pseudo-soluções como redução do trabalho escolar à ação política, o democratismo, critiquice antitécnica e cinismo pedagógico são maneiras equivocadas de pensar a realidade, o autor deixa claro que o educador crítico comprometido com sua ação , sabe que no trabalho educacional devem ser integrados tanto os aspectos pedagógico, psicossocial e sociopolítico cabendo ao mesmo fazer essa integração. Para isso, é necessário que ele se proponha a um trabalho que fortaleça o relacionamento professor/ aluno exercendo presença significativa a qual deverá estar embasada numa sólida competência técnica  e teórica de formação, tendo em vista que não se pode eximir, de um novo papel de educador escolar, importante a transformação de práticas que influenciarão a organização escolar. É nesta perspectiva de otimismo, acreditando no educador que o autor se coloca.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos-15ª ed. São Paulo: Loyola, 1998.




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